A eterna muleta do "tô tentando"

Existe uma diferença fundamental entre tentar e não tentar. E a gente precisa valorizar. Pensando no meu caso que, com frequência, estou em relacionamentos heterossexuais, existe uma diferença substancial entre o tentar desconstruir - mesmo aos poucos e sabendo da impossibilidade da plenitude - o machismo nosso de cada dia.
O cara que tenta é sempre alguém melhor do que aquele que não tenta.
E aí mora o perigo: quando é que tentar vira muleta?
Eu também tenho inúmeras dificuldades que sigo tentando melhorar: meu gênio difícil, minha teimosia, minha imensa dificuldade de dizer que eu errei, minha exigência comigo mesma. Mas não é fácil: pra isso, a gente faz terapia, yoga, meditação, fala sobre com os amigos, pede desculpa, reavalia a vida enquanto dirige, sei lá.
Mas A GENTE faz alguma coisa.
O que não dá é para não fazer e usar a desculpa do "eu tô tentando"
Eu brinco com meus alunos que não adianta sugerir, em redações que pedem proposta de intervenção, para a população se conscientizar. Se a conscientização for passiva e não se transformar numa mudança real, ela serve pra quê? Pra quem?

A mim, soa como o benefício do culpado: tenho consciência! Serve só como uma muleta eterna e útil, afinal "eu tô tentando".
É legal saber que tá fazendo merda. Mas é legal saber realmente, não só para dizer que sabe e usar isso como muleta para ganhar "um tempo" da paciência, do cuidado e do amor do outro.
Mudar não é feio. Dizer que tava errado não faz mal nenhum. E se for decidir entrar numa nova lógica, diferente daquela que você vive, faça isso honestamente - com seu/sua parceira, seu/sua família, amigos, mas principalmente com você mesmo.
Não dá pra confiar em quem mente até pra si mesmo.
O cara que tenta é sempre alguém melhor do que aquele que não tenta.
E aí mora o perigo: quando é que tentar vira muleta?
Eu também tenho inúmeras dificuldades que sigo tentando melhorar: meu gênio difícil, minha teimosia, minha imensa dificuldade de dizer que eu errei, minha exigência comigo mesma. Mas não é fácil: pra isso, a gente faz terapia, yoga, meditação, fala sobre com os amigos, pede desculpa, reavalia a vida enquanto dirige, sei lá.
Mas A GENTE faz alguma coisa.
O que não dá é para não fazer e usar a desculpa do "eu tô tentando"
Eu brinco com meus alunos que não adianta sugerir, em redações que pedem proposta de intervenção, para a população se conscientizar. Se a conscientização for passiva e não se transformar numa mudança real, ela serve pra quê? Pra quem?
A mim, soa como o benefício do culpado: tenho consciência! Serve só como uma muleta eterna e útil, afinal "eu tô tentando".
É legal saber que tá fazendo merda. Mas é legal saber realmente, não só para dizer que sabe e usar isso como muleta para ganhar "um tempo" da paciência, do cuidado e do amor do outro.
Mudar não é feio. Dizer que tava errado não faz mal nenhum. E se for decidir entrar numa nova lógica, diferente daquela que você vive, faça isso honestamente - com seu/sua parceira, seu/sua família, amigos, mas principalmente com você mesmo.
Não dá pra confiar em quem mente até pra si mesmo.
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Somos Marcella Rosa e Marina Sena, parceiras no blog, na luta e na vontade de mudar - nem que seja um pouquinho - o mundo. O Maggníficas é um pouco de nós, porque aqui tem moda democrática, empoderamento feminino e amor próprio. Nosso foco é a sororidade e a vivência plena de todos os corpos, porque acreditamos que somos todas maggníficas e que todo mundo pode tudo!
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