Ontem no "Roda Viva", o convidado era o intelectual da vez, Leandro Karnal. Como sempre falo dele para os meus alunos, não faltaram comentários me chamando para assistir. Sem tv e com uma conexão bosta, vi só algumas partes. O assunto nem é ele, é só uma reflexão sobre felicidade, que é o mote da maioria das entrevistas dele.
(A entrevista rola ver
AQUI)
Eu não vou teorizar sobre felicidade - procure os vídeos dele se você quiser teoria - aqui é o nosso bom e velho desabafo, porque vida compartilhada e pensada junta pode ser melhor resolvida (ou não, mas a gente tenta)
A verdade é que nessa vida maluca que vivemos não é que falta felicidade sempre, é que às vezes a gente não respira no tempo de vê-la. Às vezes, ela fica encoberta por cansaço. Às vezes, malandra que é, ela vem travestida: de saudade, de volta, de ida, de um olhar de baixo para cima no meio da multidão.
Atribuir à felicidade só coisas boas foi um erro que eu cometi várias vezes. Achar que existe uma plenitude do que é ser feliz me fez não enxergar os momentos de felicidade que eu vivia. Tento - nem sempre bem sucedida - identificar esses momentos agora. Mais que isso: tenho dito a mim mesma que, a despeito da tempestade que pode suceder a bonança, que essa bonança precisa ser aproveitada até o seu último suspiro.
A felicidade pode ser pontual, é verdade. Mas ela funciona como um rastro de perfume bom, vai passando aos poucos, mas sempre sobra uma recarga extra de vida que permite que a gente aguente mais uma semana, duas ou um ano de dureza.
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